relatos e historias sobre a segunda guerra mundial


Max Wachsmann Schanzer

Max Schanzer deu a abertura às histórias relatadas naquela noite. Ele nasceu no dia 8 de fevereiro de 1928, na cidade de Jaworzno, Polônia e tinha 11 anos quando a II Guerra Mundial começou. No ano de 1941, foi levado para um gueto, junto com a sua família – pai, mãe, duas irmãs e três irmãos - e todos foram obrigados a utilizar a estrela de David, como forma de identificação. Neste gueto, havia vagas para aproximadamente cinco mil judeus. Entretanto, o número de pessoas morando lá era muito além da capacidade: 40 mil pessoas. Cada um tinha direito à um pedaço de pão e um copo de água por dia. Em 1943, ele e sua família foram chamados para se apresentarem numa praça pública, mas não compareceram. O esconderijo deles foi descoberto por cães farejadores. Seus pais e uma de suas irmãs foram levados em vagões de gado para o campo de concentração de Auschwitz, Alemanha – foram enviados direto para a câmara de gás - e ele nunca mais os viu. Schanzer foi levado para um campo de trabalho e, ao chegar lá, recebeu o número 25861 como forma de identificação. No local, ficou alojado em um galpão de madeira – dormia num beliche de três andares. No inverno, faziam até 25 graus negativos e ele era obrigado a trabalhar 14 horas por dia, escavando buracos de seis metros de profundidade.  Já em 1944, foi levado para outro campo de trabalho, onde era mais rigoroso e o seu trabalho era vigiado pela polícia nazista. Deste campo, foi levado para outro campo de trabalho. Durante o trajeto, todos eram vigiados por soldados nazistas e quem não continuasse na caminhada – por estarem fracos, sem alimentos – era fuzilado pelos oficiais. Na saída do primeiro campo eram aproximadamente 500 homens. Já na chegada do último, aproximadamente 80. No dia dois de maio de 1945, Hitler comete suicídio e no dia 7 os alemães se rendem. Finalmente, Max Schanzer é libertado pelo exército russo. Entretanto, o drama não estava no fim. Aos 17 anos descobriu que estava com tifo, mas por sorte sobreviveu. Depois disso tudo, foi à procura dos irmãos que ainda estavam vivos e os encontrou na Alemanha. Em 1946 decidiram ir para a Polônia. De lá, foram para Viena (Áustria) , Munique (Alemanha) e em 1948 seus irmãos foram de navio para Israel. Quando chegaram lá, sua irmã conseguiu desembarcar, já seu irmão não conseguiu e teve de voltar. Em 1950, outra batalha para vencer. Se inicia a Guerra Fria, e os europeus que tinham fugido para os EUA foram recrutados de novo para a guerra.  Porém, Max Schanzer vai em 1952 para Paris (França). Da capital francesa, passou pela Argentina, Bolívia e em agosto de 1953 teve o visto brasileiro aprovado. Morou por um tempo em São Paulo e em 1954 veio de mudança para Porto Alegre, onde constituiu família e teve três filhos.
fonte: http://portaldejornalismo-sul.espm.br/index.php?option=com_content&view=article&id=696:historia-de-sobreviventes-da-ii-guerra-mundial-emocionam-na-espm-sul&catid=34:acontece-no-campus&Itemid=53




         Pola Berenstein nasceu em 5 de junho de 1921 na cidade de Lipcani na Bessarábia. Neste ano, Adolf Hitler se tornou o chefe do partido Nazista.  Iniciava-se o plano de Hitler, o mesmo que levou o mundo e a família de Pola a viver as conseqüências de forma extrema. 
       Quando os alemães iniciaram os bombardeios na Bessarábia, Pola e sua família foram obrigados a fugir e foram se refugiar na casa da mãe do cunhado de Pola. Mas, o esconderijo durou pouco tempo. Os soldados romenos conseguiram encontrá-los e os levaram cruelmente para a chamada Marcha da Morte, que ao contrário do que muitos pensam, não ocorreu somente no final da guerra, mas também no início, como foi o caso da Bessarábia.  
        A história de Pola e sua família, todo o sofrimento enfrentado por dias de caminhadas intermináveis sem suprir as necessidades básicas da vida, podem ser conhecidas no filme “Pessach - Sobreviventes do Holocausto”, e ainda mais relatos podem ser conhecidos no seriado de 6 capítulos também de mesmo nome.

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