A Berlim
Rio de Janeiro
Vós os vereis surgir da aurora mansa
Firmes na marcha e uníssonos no brado
Os heróicos demônios da vingança
Que vos perseguem desde Stalingrado.
As mãos queimadas do fuzil candente
As vestes podres de granizo e lama
Vós os vereis surgir subitamente
Aos heróicos prosélitos do Drama.
De início mancha tateante e informe
Crescendo às sombras da manhã exangue
Logo o vereis se erguer, o Russo enorme
Sob um sol rubro como um punho em sangue.
E ao seu avanço há de ruir a Porta
De Brandemburgo, e hão de calar os cães
E então hás de escutar, Cidade Morta
O silêncio das vozes alemãs.
Firmes na marcha e uníssonos no brado
Os heróicos demônios da vingança
Que vos perseguem desde Stalingrado.
As mãos queimadas do fuzil candente
As vestes podres de granizo e lama
Vós os vereis surgir subitamente
Aos heróicos prosélitos do Drama.
De início mancha tateante e informe
Crescendo às sombras da manhã exangue
Logo o vereis se erguer, o Russo enorme
Sob um sol rubro como um punho em sangue.
E ao seu avanço há de ruir a Porta
De Brandemburgo, e hão de calar os cães
E então hás de escutar, Cidade Morta
O silêncio das vozes alemãs.
Rio de Janeiro, 1945.
às vésperas da queda de Berlim
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